jun 272023
 

Nilva Kurotsu nasceu em 10/03/52, na cidade paulista de Suzano. Formada em música, foi bolsista do MEXT (Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão) onde pesquisou sobre música e sobre o Teatro Nô.

Uma das incentivadoras e bastante atuante nas atividades do departamento de jovens da Associação Fukushima kenjin do Brasil nas décadas de 80, 90 e início de 2000, sempre esteve à frente nas organizações dos eventos pensando nos mínimos detalhes,  pois era perfeccionista em tudo o que se propunha a fazer.

Eventos como comemoração de aniversários do kenjinkai; organização de seminários; recepção de autoridades do governo de Fukushima sempre recebiam a sua orientação. Bem como nas recepções do grupo Wakoodo no Tsubasa. Esse é um grupo de jovens organizado pela província, que visitava vários países, dentre os quais o Brasil, desde 1979, permanecendo cerca de 15 dias fazendo intercâmbio.

Idealizou e incentivou os jovens na confecção do jornalzinho interno do departamento de jovens, inicialmente chamado de Beko’s (inspirado no tradicional Akabeko, de Fukushima), que mais tarde passou a ser chamado de Kakehashi. Nilva foi a grande responsável pela união e integração dos membros jovens enquanto participou ativamente.

Em 1994, foi mais uma vez ao Japão pelo grupo Furusato Sôsei. E mais recentemente, foi  quatro vezes como guia turístico do Japão.  Deixava claro a sua paixão pelo país dos seus ancestrais, em especial pelas províncias de Fukushima e Kyoto.

Nilva Kurotsu foi diretora de apoio e uma das fundadoras da Abmon – Associação dos Bolsistas do Governo Japonês, em 1993.

Na área profissional, foi professora de piano e também  de português para japoneses temporários no Brasil. Foi exímia tradutora e intérprete de japonês e português. Trabalhou nas gravações do seriado da TV NHK “Haru to Natsu”, no filme “Gaijin” dirigido pela cineasta Tizuka Yamazaki e também no filme “Corações Sujos”, baseado no livro de Fernando Morais. Era muito conhecida no meio artístico e cultural da coletividade nipo-brasileira. Antes e durante a pandemia de Covid 19, trabalhou na produção do filme “A princesa da Yakuza”. E ainda fez uma ponta no filme como atriz. Provavelmente, foi o seu último trabalho profissional.

Trabalhou também nos bastidores da Copa do Brasil de futebol em 2014 e também nas Olimpíadas do Rio, em 2016, atuando principalmente como intérprete das seleções japonesas.

No período de 1990 a 2005, foi torcedora muito ativa do Report Suzano desde as categorias juvenil até a Liga Profissional.

Nilva Kurotsu faleceu no dia 16 de abril de 2023 em Suzano.

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mar 012019
 

Numa época em que ninguém sabia o que era mangá, a não ser os japoneses e os descendentes que dominavam o idioma, um grupo iniciou um trabalho voluntário de divulgação dessa cultura pop como arte japonesa. A Abrademi surgiu da junção da comissão de exposição de quadrinhos e ilustrações da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo) com a Associação dos Amigos de Mangá, fundada dentro da Universidade de São Paulo pela professora Dra. Sonia Maria Bibe Luyten, a pioneira a tocar nesse assunto nos meios acadêmicos.

Incentivada pelo sr. Masuichi Omi, então presidente do Bunkyo, que via no mangá a facilidade de divulgação da cultura japonesa, a Abrademi começou, em fevereiro de 1984, realizando aulas de desenho e exposições. O mestre Tezuka Osamu, Deus do Mangá, visitou o Brasil no final de setembro daquele ano. Os grandes jornais deram destaque e as suas palestras foram bastante concorridas, assim como os desenhos animados de Tezuka exibidos no MASP. A Abrademi coordenou a parte brasileira dessa exposição no MASP, com artes originais de artistas como Júlio Shimamoto, Eugênio Colonesse, Jorge Kato, Osnei Furtado, Louis Chilson, Jayme Cortez, Cláudio Seto, Roberto Higa, Eduardo Vetillo, Novaes, Paulo Fukue, Watson Portela, Roberto Kussumoto, Seabra, Vilachã, Rodval Matias, Mozart Couto, Gedeone Malagola, Rodolfo Zalla, Flávio Colin, Franco de Rosa, Kimil Shimizu, Michio Yamashita, e muitos outros, além de desenhistas amadores da Abrademi. Na ocasião, Tezuka Osamu ministrou uma aula para a Abrademi, no Bunkyo da Liberdade.

A Abrademi publicou fanzines (Clube do Mangá e outros), promoveu debates, e já na década de 1990, começou a organizar eventos de mangá e animê, sendo a MangáCon, a pioneira em eventos desse tipo, com shows de dubladores, cantores, lojinhas, exposição de posters, exibição de vídeos, concurso de cosplay, animê-kê e anime dance. A última MangáCon foi em 2000. Mais sobre a Abrademi.

Dia 17 de março de 2019 – Domingo – Das 10 às 17 horas.

Local: Associação Cultural Mie – Av. Lins de Vasconcelos, 3352 – bem na saída do metrô Vila Mariana. Há estacionamento pago no local. As inscrições são feitas pelo Sympla, pelo link: https://www.sympla.com.br/festa-dos-35-anos-da-abrademi__457100

Será servido um Brunch (Buffet a partir das 12h00) , com: café( doce e amargo)/água mineral com e sem gás/ leite ou chá / 03 tipos de frutas da época (mamão, abacaxi, melão ou melancia)/ mini-croissant recheado de presunto e catupiry ou presunto / mini-gravatinhas( massa folhada) de parmesão e gergelin/ lanches utilizando mini-pão francês com cobertura de parmesão, gergelin, mini-integral recheados com queijo fresco, blanquet de peru, salame e presunto / salgadinhos: mini-esfihas de carne ou calabreza ou queijo, quibe ou risolis misto ou coxinha/ strudel de maçã ou mini-carolinas de chocolate / sucos naturais de laranja, abacaxi/ refrigerantes ( guaraná e cola, nas versões normal e zero e/ou light). E um bolo de aniversário, é claro!

  • Haverá apresentação de slides com a história da Abrademi.
  • Exibição de videoclipes do AnimeDance e exibição de vídeos históricos, como os momentos marcantes da MangáCon.
  • Recortes de jornais e materiais históricos serão expostos.
  • Haverá um painel na parede para os desenhistas exercitarem sua arte.
  • Exposição Tezuka Osamu – Este ano completam 30 anos sem Tezuka e 35 anos da vinda do Deus do Mangá ao Brasil
  • O desenhista Guilherme Raffide, do álbum “Nikkei” fará retratos em caricatura de mangá dos presentes o desenhista Francisco de Assis fará caricaturas dos presentes (ambos sem cobrar). 
  • Bate-papo com o editor, roteirista e desenhista Franco de Rosa e outros profissionais

     

     

  • O desenhista Marco Antonio Cortez estará expondo e vendendo seus trabalhos
  • Show especial do cantor Diogo Miyahara interpretando temas de animê tokusatsu.
  • A Abrademi estará colhendo depoimentos para o livro comemorativo que será lançado ainda este ano. Venha participar e compartilhar sua experiência com os amigos e com os demais colegas de outras fases da Abrademi!

No valor do ingresso já está incluído o brunch, bem como as bebidas e bolo descritos acima. A Abrademi está custeando a locação do salão e os voluntários farão os preparativos, e os participantes só estão pagando o brunch. O INGRESSO será vendido por lotes. O ingresso Antecipado 2 poderá ser adquirido até o dia 12/03/2019. Menores de 10 anos terão desconto na compra antecipada até o dia 12/03/2019. Na porta do evento, o ingresso será vendido sem desconto, ou seja, por R$ 50,00 e R$ 25,00 (menores de 10 anos).

As inscrições são feitas pelo Sympla, pelo link: https://www.sympla.com.br/festa-dos-35-anos-da-abrademi__457100

Venha comemorar conosco neste evento que vai, com certeza, ficar na história!

Clique nas fotos. Cada foto tem sua legenda.

Aozora Gakudan: outra face de Sanshi Kurachi, músico e mestre do shodô

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jun 182018
 

Aozora foi uma banda de música japonesa de São Paulo, muito ativa entre 1951 e 1972. O grupo começou entre amigos japoneses que gostavam de música e foi incorporando jovens cantores e músicos nisseis com o tempo. Se apresentavam no Bunkyo, no Cine Jóia,no Cine Niterói, no Teatro Paramount, na Rádio Cultura, no Sanatório de Campos de Jordão, em Registro, em Bragança, em Lins, no Paraná, e em qualquer kaikan que os convidassem, inclusive tocavam em casamentos e aniversários. Era um grupo amador, não cobrava cachê, e normalmente a entidade ou pessoa dava um “orei” (envelope com dinheiro como agradecimento), o que mal dava para cobrir o transporte.

Os ensaios do grupo geralmente eram realizados na casa do casal Sanshi (倉地三司)e Sakuko Abe Kurachi, tintureiros de profissão. Moravam e trabalhavam no mesmo local, na Avenida Itaboraí, Bosque da Saúde (Praça da Árvore). A sala dessa casa era pequena, mas davam um jeito de acomodar todo o mundo. Os ensaios começavam aos domingos de manhã e não tinha horário para terminar. Muitas vezes, os músicos acabavam almoçando e até jantando na casa do casal. Sanshi Kurachi atuava como maestro, entendia de partituras e orientava os mais jovens. O material, inclusive faixas e as tabuletas da banda, ocupava parte de sua garagem, que era pequena para tanta coisa. Na segunda metade da década de 1960, o casal adquiriu um veículo Fusca, com o qual podia levar os equipamentos no dia da apresentação. Até então dependiam de táxi. O problema é que as apresentações acabavam tarde, e quando eram em bairros mais afastados, como Penha ou Casa Verde, numa época em que não havia metrô, esse Fusca tinha que carregar os que não conseguiam transporte para suas casas. Sakuko conta que chegou a carregar sete pessoas naquele carrinho à noite. Além do material, é claro. Fusca tem como bagageiro apenas a parte arredondada na frente do carro, o motor fica atrás. Por um bom tempo, só ela dirigia, porque seu marido não conseguia passar no exame escrito, por ter dificuldade em entender português.

Além de shows, o grupo se divertia também. Faziam viagens curtas a passeio e faziam piquenique.

Aozora Gakudan tocou também em concursos de canto (antes dos equipamentos de karaokê, os músicos tocavam ao vivo, assim sempre havia ensaios no dia anterior com os cantores, mesmo nos concursos), como o do maestro Masahiko Maruyama (丸山昌彦), presidente da Associação Nipo-Brasileira de Cultura Musical (ブラジル音楽家協会), bastante concorrido, conseguia atrair cantores de várias regiões do Brasil. Ele foi o primeiro a organizar um concurso de música japonesa em São Paulo após a Segunda Guerra Mundial. Maruyama nasceu em Sapporo, Hokkaido, em 1914 no Japão e emigrou para o Brasil em 1933 a bordo do navio Santos Maru. Maruyama, assim como Sanshi, tinha uma outra profissão: ele era bancário. Ele foi gerente do Banco América do Sul, agência Pinheiros, antes de ingressar no Banco Planalto, em 1953.

Sanshi Kurachi nasceu em Nagakute, província de Aichi, em agosto de 1922, e migrou a bordo do La Plata Maru, chegando em outubro de 1934, foi primeiro trabalhar em Lins, junto com seus pais e irmãos. Depois, a família abriu uma tinturaria na Rua dos Otonis, Vila Mariana. Apesar de todo esse tempo dedicado à música japonesa, Sanshi Kurachi ficou conhecido pela sua arte do shodô. Recebeu o nome artístico de “Nampo Kurachi” e deu aulas na Associação Aichi Ken, no Bunkyo, na Escola Oshiman, e na Aliança Cultural Brasil Japão, onde lecionou até seu falecimento aos 92 anos.

Nota: Resolvi escrever este texto e colocar as fotos porque procurei e não encontrei nada sobre a Aozora Gakudan e nem sobre o maestro Masahiko Maruyama na internet. Mesmo nos livros de história da imigração não encontrei nenhuma citação dessa banda e nem das outras que existiram (Heibon, Orion (São José dos Campos), Kosmos (Mogi das Cruzes), Arelux, Saude Gakudan, Os Nisseis, Brazilian Stars (Fernandópolis) Tupi Japan, Royal Japan…). Seria injusto não deixar algo escrito como uma homenagem a elas, mesmo que parcial. Estendo minhas homenagens a todos os músicos que se dedicaram anonimamente a essa arte no passado e, com certeza, distribuíram mais alegria aos imigrantes e descendentes que passavam por uma fase difícil de adaptação. Gentileza nos passar informações complementares e correções, além de nomes das pessoas que aparecem nas fotos para: info@imigraçãojaponesa.com.br

Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016. Desde 2017 ministra o Curso Completo de História do Japão, em 9 aulas mensais, em São Paulo.

Curso História do Japão 2018

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jun 142018
 
fundo banner historia 2 semestreCurso completo de História do Japão, com aulas uma vez por mês, em São Paulo.

A iniciativa é da Abrademi em conjunto com a Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil.

O objetivo é facilitar a compreensão da cultura japonesa através de explicações sobre o passado e o presente do Japão. O público alvo são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios, para trabalhar ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história. Haverá certificados aos participantes no final do curso para quem participar de pelo menos 7 das 9 aulas.

O curso será realizado na Associação Cultural Mie, Avenida Lins de Vasconcelos, 3352, na saída da estação Vila Mariana do metrô, em São Paulo, aos sábados.

As aulas que fazem parte do curso são as seguintes:
Dia 17/03/2018 – História do Japão 1 – Desde a ocupação do arquipélago japonês períodos Jomon, Yayoi, Asuka (Kofun) e Nara
Dia 07/04/2018 – História do Japão 2 – Períodos Heian e Kamakura – origem dos samurais
Dia 05/05/2018 – História do Japão 3 – Sengoku, guerra civil, e início do Período Edo
Dia 09/06/2018 – História do Japão 4 – Período Edo
Dia 04/08/2018 – História do Japão 5 – Período Edo final – abertura dos portos
Dia 01/09/2018 – História do Japão 6 – Período Meiji – modernização
Dia 06/10/2018 – História do Japão 7 – Períodos Taisho e Showa início
Dia 10/11/2018 – História do Japão 8 – Segunda Guerra e Showa final
Dia 01/12/2018 – História do Japão 9 – Era Heisei até hoje
Horário: 9 às 12 horas.

As inscrições são realizadas por aula. Cada aula tem o valor de R$ 35,00 (mais a taxa do Sympla de R$ 3,50) e poderá ser pago com cartão ou boleto pelo site do Sympla. O valor (sem a taxa de 3,50) poderá ser pago na secretaria da Associação Mie, em horário comercial, mas só até 4 dias antes da data. Não haverá reembolso por desistência. Mas se a desistência for comunicada com antecedência de 4 dias da data da aula, o valor pago poderá ser transferido para a aula seguinte.

Inscrição para a próxima aula – clique aqui – será redirecionado para a página da www.abrademi.com

Esse curso, com algumas diferenças na distribuição do conteúdo, foi realizado em 2017 alcançando grande sucesso. Foi ministrado para mais de 200 alunos em cada uma das aulas, e os próprios alunos sugeriram que fosse realizado para um público menor, para que o aproveitamento fosse maior. Assim, o grande salão utilizado anteriormente foi substituído por uma sala menor, e os alunos disporão de mesa ou cadeira universitária para possibilitar as anotações. Por isso, as vagas são limitadas. A sala está equipada com ar condicionado, projetor e microfone.

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, e é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016.

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com

Apoio: Fundação Japão e Centro Brasileiro de Língua Japonesa

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História do Japão – Períodos Meiji, quando inicia a imigração ao Brasil, e Taisho – Aula gratuita em São Paulo

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out 202017
 

Estamos realizado um curso completo de História do Japão, com aulas uma vez por mês, aos domingos, em São Paulo.

O objetivo é facilitar a compreensão da cultura japonesa através de explicações sobre o passado do Japão. O público alvo são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história. Não é necessário ter participado da aula anterior para participar. No final de cada aula haverá um tempo para perguntas dos participantes.

O curso é gratuito e realizado na Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil, na Av. Lins de Vasconcelos, 3352, Vila Mariana (na saída da Estação Vila Mariana), São Paulo.

As próximas aulas são as seguintes:
Dia 29/10/2017 – História do Japão 7 – Períodos Meiji e Taisho
Dia 26/11/2017 – História do Japão 8 – Período Showa antes da Guerra
Dia 10/12/2017 – História do Japão 9 – Período Pós-Guerra até hoje
Horário: sempre das 9 às 12 horas.
Reserve sua vaga (grátis) no Sympla. As inscrições são realizadas por aula. Essa inscrição refere-se somente à aula do dia 29/10/2017, domingo. Obs.: Caso não consiga se inscrever, é possível que todas as vagas estejam preenchidas. Nesse caso, envie e-mail para abrademi@abrademi.com, que avisaremos se houver desistência.

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo e em Publicidade pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, é presidente da Abrademi, diretor cultural da Associação Cultural Mie e editor dos sites culturajaponesa.com.br, imigracaojaponesa.com.br e kanazawa.net.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016.
Apoio: Fundação Japão, CBLJ Centro Brasileiro de Língua Japonesa – Café Mitsuo Nakao, Loja Enman, Castella e Rancho da Traíra

Palestra sobre a História da Imigração Japonesa no Brasil

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out 112016
 

palestra-historia-imigraA palestra abordará a história da imigração japonesa no Brasil, as causas, como foi a chegada dos primeiros imigrantes e a sua adaptação, suas preocupações com a educação de seus filhos e as frustrações. Construção de núcleos japoneses no Brasil, a Segunda Guerra Mundial, as restrições aos cidadãos japoneses e a mudança de planos. Após a Guerra, os conflitos com aqueles que acreditavam na vitória japonesa, a decisão de permanecer no Brasil e a chegada dos novos imigrantes do Japão.
Essa palestra é indicada para qualquer pessoa que tenha interesse na história, principalmente àqueles que pretendem viajar para o Japão no futuro através de uma bolsa de estudos.

Dia 06 de novembro de 2016 – Das 14 às 15h30 – Grátis, mas deve ser feita inscrição pelo Sympla
Local: Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil – Av. Lins de Vasconcelos, 3352 – saída do Metrô Vila Mariana, São Paulo

Palestrante: Francisco Noriyuki Sato, jornalista e publicitário formado pela USP, autor dos livros Banzai – História da Imigração Japonesa em Mangá, História do Japão em Mangá, e História Ilustrada do Japão. Ex-bolsista da JICA na Kanazawa University, onde pesquisou história, sociedade e cultura do Japão. Foi assessor da Jetro, órgão do governo japonês, e da Cooperativa Agrícola de Cotia. Palestrante em diversas entidades como USP, SESC, FIESP, etc. Palestrou em universidades e museus históricos do Japão. Diretor Cultural da Associação Mie Kenjin do Brasil, presidente da Abrademi,diretor da ACAL Associação Cultural e Assistencial da Liberdade. É editor do site culturajaponesa.com.br e do imigracaojaponesa.com.br.

Promoção conjunta: Associação Mie Kenjin do Brasil e Abrademi – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações.

Atualização dia 09/11/2016:

Essa palestra, apesar de ser realizada num domingo à tarde, alcançou um bom número de pessoas realmente interessadas no assunto. Professores, pesquisadores e estudiosos fizeram parte do público, que acompanhou atentamente as duas horas de apresentação do palestrante Francisco Noriyuki Sato. A abertura do evento foi realizada pelo sr. Takashi Shimokawa, presidente da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil.

A exposição foi feita em ordem cronológica, desde antes da abertura dos portos do Japão, que aconteceu em 1854. Ao final, Sato citou as principais contribuições dos imigrantes japoneses no Brasil e lançou a questão do futuro da relação entre os dois países. De um lado o Brasil, que apesar das dificuldades, continuará crescendo e ganhando importância na produção de alimentos, e do outro o Japão, que registra uma diminuição dramática na sua população. Em 2016, a população japonesa é de 126.323.715 habitantes, e em 2010, ou seja, apenas seis anos atrás, era de 127.319.802. Diminuiu um milhão de pessoas em seis anos. A previsão é que a população chegue a 107.411.392 pessoas em 2050. E o pior, a sua média de idade será de 53 anos, ou seja, haverá muito mais pessoas aposentadas do que trabalhando. O palestrante lembrou que em 1965 a média de idade dos japoneses era de 24 anos.  A preocupação é se haverá agricultores produzindo alimentos, já que só restou a população idosa no campo, e para agravar a situação, o Japão, como signatário do Tratado do Trans Pacífico, terá que acabar com os subsídios concedidos à agricultura, principalmente à produção de arroz. No encerramento da palestra, Francisco Noriyuki Sato disse que gostaria de falar desses assuntos da sociedade japonesa atual numa próxima oportunidade.

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Chuyu Nakanishi, de Ishikawa para Caraguatatuba

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mar 212016
 

chuyu nakanishi 1937 marilia

Chuyu Nakanishi à direita da foto, em Marília, 1937

Nascido em 22 de setembro de 1910 na cidade de Iburihashi (hoje Kaga), província de Ishikawa, sua família possuía uma indústria têxtil, que havia falido, e seu pai resolveu migrar para o Brasil. Chuyu estava na casa do seu tio em Kobe, quando recebeu a notícia e voltou correndo para sua casa. Espantosamente, sua mãe estava com uma boa fisionomia apesar de que iriam enfrentar uma longa viagem a um país desconhecido.

A emigração da família Nakanishi para o Brasil

As condições de trabalho pareciam boas. A família ficaria um ano como colono numa fazenda de café e depois estaria livre para adquirir e cultivar sua própria terra. Seu pai esperava morar no Brasil por 10 anos e retornar. Chuyu, entretanto, como estava na idade certa, havia feito o alistamento militar e, dentre 50 candidatos, foi um dos três selecionados como soldado de classe A. Isso deveria ser uma honra, mas seu pai não ficou feliz. O motivo é que seu irmão Saburo tinha apenas 14 anos e os demais 4 irmãos eram ainda mais novos, em idade insuficiente para ajudar na agricultura.

Assim, seus pais e irmãos partiram em 10 de maio de 1930 do Porto de Kobe para Santos, deixando somente Chuyu no Japão. No mesmo navio, de Ishikawa, embarcaram a família Ogawa (de Iburihashi) e a família Sugieda (de Hakui).

Até o ingresso no serviço militar, que se daria no dia 10 de janeiro de 1931, Chuyu ajudou na firma do seu tio de Kobe e depois foi trabalhar como temporário numa empresa junto com um outro tio. Depois, foi admitido na 7ª tropa do exército de Kanazawa e cumpriu o serviço militar durante dois anos.

Preparando a viagem solitária para o Brasil

Chegando próximo da data de embarque ao Brasil, foi visitar pessoas e locais conhecidos. Primeiro visitou o Jinja (templo xintoísta) e o Joshoji (templo budista de Iburihashi) e a escola primária. Na época, havia 380 casas em Iburihashi e Chuyu resolveu ir se despedir em todas elas, tarefa que lhe tomou dois dias. O navio partia de Kobe, que estava a nove horas de Iburihashi viajando de trem. Chuyu saiu no trem noturno e seus parentes e amigos vieram se despedir na estação. No templo de Ise, em Mie, que havia visitado pouco tempo antes, prometeu retornar depois de 20 anos, mas não havia nada certo naquele momento, só incertezas.

Após passar por Kyoto ao amanhecer, o trem chegou à estação Sannomiya, em Kobe. Foi direto para a hospedaria dos imigrantes. Foi encaminhado ao quarto, que lhe pareceu um alojamento militar. Havia famílias com muitas crianças. Embarcariam no próximo navio cerca de 800 pessoas. Como estava sozinho, sem haver o que fazer, resolveu dar uma volta do lado de fora. Nos dois lados da rua havia lojas de produtos para os emigrantes, como roupas e miudezas, e até livraria e loja de instrumentos musicais.

No segundo dia na hospedaria houve um chamado para que os chefes de família comparecessem ao salão principal. Houve explicações sobre os procedimentos de embarque, cuidados dentro do navio, obediência aos horários quando do desembarque em portos pelo caminho, e explicações gerais sobre o Brasil. Independente da idade, todos receberam 50 ienes de ajuda de custo. Chuyu, que não esperava isso, ficou feliz. Houve explicações sobre o uso de dinheiro durante a viagem e ao desembarcar no Brasil. Disseram que, para quem não tem necessidade de portar dinheiro, depositar no Banco de Yokohama era uma opção segura. Pensando nos pais e irmãos que viu partir três anos antes, resolveu comprar um toca-discos, que custou 12 ienes. Com os 38 ienes restantes, comprou 30 discos. Músicas infantis, músicas populares, músicas folclóricas, recital de poemas, soprano, tenor e narrações de filmes foram os escolhidos.

A longa viagem de 58 dias para o Brasil

Cincos dias se passaram num piscar de olhos. No dia da partida, formou-se uma longa fila para embarque. O tio de Kobe veio sozinho na despedida. As fitas de despedida ocuparam toda largura da embarcação. Familiares gritavam “Genki de! Sayonara!”. Quando começaram a entoar a música “Hotaru no Hikari”, o navio começou a se afastar do porto. Foi a despedida do Japão para um futuro incerto, deixando para trás as lembranças da infância, da escola, dos amigos do exército e dos familiares. As outras pessoas no convés observavam as montanhas ficarem cada vez menores com lágrimas nos olhos.

Chuyu foi ver seu quarto que ficava na terceira classe. Havia uma grande mesa no meio e beliches nos dois lados. “A família do sr. Murakami, que teria sido chefe da estação de Ishinomaki (Miyagi) ocupou uma parte, e além de mim havia sete jovens solteiros. Um dos jovens era Urakawa, de Fukuoka, que era o encarregado do transporte daquele navio. Ele também estava migrando. A primeira parada foi em Cingapura, onde permaneceram por dois dias e puderam conhecer um pouco o lugar.

Como os colegas de quarto souberam que ele tinha um toca-discos, pediram para tocar alguma coisa. Depois, as filhas do sr. Murakami cantaram duas músicas. O som ecoou pelos corredores e atraiu outras pessoas, principalmente crianças, que vinham ouvir músicas todos os dias.

No alto-falante foi anunciada a travessia da linha do Equador, e também, pelo mesmo equipamento, ouviu-se quando se deu a submersão de uma criança falecida a bordo. Apenas um sinal (pooo) e o corpo foi lançado às águas e desapareceu em menos de um minuto. Foi um momento de muita tristeza.

O navio seguiu viagem passando por Mombassa, Zanzibar, Lourenço Marques, Durban e Port Elizabeth para descarregar e carregar mercadorias. Quando estava na costa africana, o seu colega Urakawa pediu-lhe um favor. Urakawa tinha 27 anos e estava viajando sozinho, porém, soube que seria mais fácil arrumar emprego se estivesse casado. Conheceu uma moça no navio, conversou com os pais dela, o diretor do navio concordou, e ele queria casar com aquela moça a bordo, na sala do capitão. O problema era o custo de 30 ienes, que Urakawa tinha, mas que teria que guardar para as primeiras providências após o desembarque. Como seu pai viria buscá-lo em Santos, Chuyu sabia que não precisaria se preocupar com dinheiro, e assim decidiu emprestar o valor para o colega, que prometeu devolver no Brasil. Em 1936, quando Chuyu morava em Marília, um conhecido veio entregar-lhe 150 mil réis, que correspondia aos 30 ienes emprestados. Urakawa morava na região de Bauru e era professor de japonês, mas os dois amigos nunca mais se encontraram.

O pai de Chuyu foi buscá-lo no Porto de Santos

A embarcação chegou ao Cape Town, e após, dois dias, partiu rumo a Santos, trecho que deve ter levado uma semana. A viagem toda durou 58 dias. Seu pai foi buscá-lo no Porto de Santos. O ano era 1933. Há três anos, no Japão, seu pai era gordo, mas em Santos estava bem mais magro. Após pegar a bagagem, a maior parte dos passageiros pegou o trem para a hospedaria dos imigrantes, no Brás, em São Paulo, enquanto Chuyu e seu pai pegaram uma carroça puxada a cavalo para irem até a estação de trem a dois quilômetros do Porto. Era o ponto inicial da linha Juquiá, de onde iriam até a estação Alecrim, a 110 km de Santos. A partir dessa estação havia mais 8 km até a casa (atual município de Toledo). A bagagem foi despachada em Santos e os dois pegaram o trem só com a bagagem de mão. Foi a primeira viagem de trem no Brasil, mas não viu diferença com o similar japonês, apenas constatou que fagulhos de brasa entravam pela janela. Soube então que a composição utilizava lenha e não o carvão mineral. Como já era tarde, os dois se hospedaram numa pensão perto da estação Alecrim, que no dia seguinte, seu irmão viria pegá-los.

No dia seguinte, bem cedo, foram até a estação apanhar a bagagem despachada, que chegou sem problemas. Ao redor da estação havia lojas de produtos alimentícios, farmácia, padaria, papelaria e utilidades domésticas, num total de 30 ou 40 casas. Seu irmão Saburo chegou trazendo um burro. Ele tinha 16 anos, mas já era forte e mais alto que Chuyu. Em casa, sua mãe, uma irmã e mais três irmãos estavam à espera dos três.

Os pais de Chuyu haviam cumprido o contrato de um ano numa fazenda de café e depois se mudaram para Alecrim. O local era conhecido como assentamento “Nikko”, e estava a 500 metros de altitude, onde a produção principal era o arroz. Havia 5 famílias naquele assentamento, e quase todas vieram recebê-lo na chegada à sua nova residência. Infelizmente, todos eles acabaram deixando o assentamento em dois anos. Como a família Nakanishi era grande, seu pai foi cultivar em Ana Dias, enquanto ele e dois irmãos dirigiram-se para o interior de São Paulo, fixando residência em Água da Cobra, localidade a 20 km de Marília, para onde se foram em 1936.

Chuyu casou-se com Iriko Sasaki, que havia conhecido no navio, quando ela e a irmãzinha foram ouvir música no toca-discos, durante a viagem para o Brasil. Eles se reencontraram na região de Marília por acaso.

Exportando bananas na Cooperativa Agrícola de Cotia

Em 1939, o pai de Chuyu adoeceu repentinamente, e como não havia médicos, foi levado ao óbito rapidamente. Como não poderia sobreviver com uma pequena plantação de banana, reuniu outros produtores e planejou fazer exportação de banana. Primeiro, inscreveu-se como associado da Cooperativa Agrícola de Cotia, e se esforçou para ter o apoio de todos os produtores da linha Juquiá de trem. Em 1945, a Cooperativa criou o setor de exportação e Chuyu foi contratado como coordenador. Em 1949, o volume de exportação havia crescido para 40 mil cachos, e o setor foi transferido para Santos. Em 1953 e 1954, a exportação chegou a 100 mil cachos, e dentre as 50 empresas exportadoras do Brasil, a Cooperativa ocupava a primeira posição em quantidade. Em 1957, resolveu deixar aquela cooperativa para se voltar à sua propriedade, em Caraguatatuba.

Hoje, uma bela cidade turística, na época era um local simples onde se cultivava banana. Em 1949, associados da Cooperativa haviam adquirido 2 mil hectares de terra nessa cidade, para desenvolver um assentamento e Chuyu Nakanishi foi o chefe de sua construção. Gostou tanto do lugar, que acabou adquirindo um dos lotes no bairro de Getuba. No seu terreno, instalou melhorias, como uma pequena usina hidrelétrica, e plantou inicialmente banana.

A terrível “tromba d’água” de Caraguatatuba em 1967

Caraguatatuba após a enchente em 1967

Caraguatatuba após a enchente em 1967

Em fevereiro de 1967, a cidade de Caraguatatuba sofreu com o excesso de chuva que causou deslizamento dos morros, um fenômeno que ficou conhecido como “tromba d’água”, que matou mais de 200 pessoas e deixou parte da pequena cidade desabrigada. Todos os caminhos para a cidade foram interrompidos e o fato ganhou manchetes de jornais, revistas, rádio e TV. Até o cantor Roberto Carlos e os músicos do programa Jovem Guarda se mobilizaram, montando um pequeno palco na Rua da Consolação, no Centro de São Paulo, para arrecadar doações de roupas e mantimentos.**

O terreno de 40 hectares de Chuyu, onde ele cultivava maracujá e hortaliças também sofreu danos, perdeu a estrada, a ponte e a plantação. A cidade formou uma comissão de recuperação e Chuyu a presidiu por quatro anos, até a recuperação total da região devastada.

Chuyu Nakanishi foi também um líder dentro da coletividade nikkei, participando da fundação da Associação Japonesa de Água da Cobra, e daquela que se formou em Caraguatatuba, Ubatuba e São Sebastião.
chuyu nakanishi otera

Apesar de ter prometido retornar ao Japão em 20 anos, Nakanishi só conseguiu concretizar o sonho mais de 40 anos depois, entretanto, voltou outras vezes para visitar sua terra natal e conseguir auxílio para a construção da atual sede da Associação da Província de Ishikawa em São Paulo, inaugurada em 1995.

Como presidente da Associação da Província de Ishikawa do Brasil

Ele presidiu a entidade até 1997 e também presidiu a Federação das Províncias Japonesas no Brasil (Kenren). chuyu nakanishi 2001Foi amigo de Yoshito Mori, também de Ishikawa, que chegou a ser Primeiro Ministro e foi presidente do Comitê Olímpico Japonês (Tokyo 2020), e de Yoichi Yamato, deputado federal. Ambos ajudaram Nakanishi a conseguir verba para a construção da sede própria da Associação no Brasil.

Em 2001, Chuyu viajou pela última vez ao Japão. Em Abril de 2006, Chuyu Nakanishi recebeu a homenagem “Ordem do Sol Nascente”, do Imperador do Japão, documento este assinado pelo então Primeiro Ministro Junichiro Koizumi. Ele faleceu em 24/07/2010, faltando muito pouco para completar um século de vida bem vivida.

** Quem tiver interesse em entender o que foi a “tromba d´água” de Caraguatatuba, há um bom material com vídeo neste link da Tamoios News. https://tamoiosnews.com.br/memoria/ha-52-anos-atras-caragua-foi-palco-da-maior-catastrofe-natural-ocorrida-no-pais/

Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi bolsista da JICA, em 2014, estudando na Universidade de Kanazawa, em Ishikawa, quando se encontrou com os familiares de Chuyu Nakanishi. Aliás, Chuyu Nakanishi havia sido seu vizinho na sua infância em Caraguatatuba.

Ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019. Desde 2017 ministra o Curso Completo de História do Japão, em São Paulo presencial e on-line.