Goro Hama

 

goro-hamaGoro Hama nasceu na capital paulista, no dia 20 de maio de 1944. Quinto entre seis irmãos, é filho de Rokuro Hama, imigrante japonês que chegou ao Brasil no ano de 1921 em uma missão religiosa organizada pela associação Rikkokai (esperança), vinculada á Igreja Anglicana do Japão. Rokuro voltou ao Japão, casou-se com Chiyo, e mais tarde retornam ao Brasil, em 1932. Foram morar na região da Alta Paulistana, onde estabeleceram um comércio de secos e molhados e de implementos agrícolas importados. Em 1942 os bens foram confiscados e foram proibidos de trabalhar no comércio. Com isso, mudaram-se para Iguape, montando a UBI, uma indústria de sardinha em lata. Depois da Segunda Guerra Mundial passaram a comercializar máquinas agrícolas e industriais importadas.

Goro Hama cursou o primário no tradicional Grupo Escolar Prudente e Morais, concluindo em 1954. Fez o secundário no Colégio Estadual de São Paulo, conhecido como Colégio Roosevelt. Graduou-se pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas, onde também fez sua pós-graduação.

Foi no Colégio Roosevelt que iniciou sua participação na política, através do movimento secundarista. Fez parte do grêmio escolar 16 de Setembro, tornando-se representante nos congressos da União Paulista de Estudantes Secundaristas (UPES).
Já na faculdade foi diretor social do Centro Acadêmico, presidente da Associação Atlética e vice-presidente nacional da Executiva Nacional dos Estudantes de Economia e Administração (ENEA) – eleito durante o seu congresso nacional, realizado em 1968 em Recife (PE).

Goro Hama trabalhou no mercado de capitais. Foi gerente e administrador de diversas empresas, entre elas o Grupo Levy, onde ajudou a montar a primeira mesa de open market. Trabalhou também na Camargo Correa.

Em 1976 filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo eleito deputado estadual dois anos depois. Disputou duas eleições a deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nos anos de 1982 e 1986, ficando na suplência em ambas as ocasiões.

Durante o governo de André Franco Montoro (1983-1987) exerceu a presidência da Companhia Agrícola, Imobiliária e Colonizadora (CAIC), vinculada à Secretaria da Agricultura de São Paulo.

Participou da fundação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), tornando-se Secretário Geral Estadual por quatro anos.

Nas eleições de 1982 e 1986 não conseguiu se eleger, voltando à política como dirigente partidário e exercendo cargos no Poder Executivo.

De 1995 a 2000, durante o governo de Mário Covas, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU). Depois foi nomeado assessor especial do Palácio dos Bandeirantes, permanecendo até março de 2001. No ano seguinte presidiu o Conselho Consultivo da Fundação Mário Covas.
Goro Hama declarou que mais da metade dos seus votos vieram da comunidade japonesa, atribuindo grande parte desse apoio ao pai, que através de sua atividade comercial, missionária e pela criação da Casa da Harmonia (entidade que esteve na origem da Associação de Cultura Brasil-Japão, abrigava e proporcionava estudo aos filhos dos imigrantes), mantinha um forte vínculo com a comunidade, inclusive participando da organização das comemorações do Cinqüentenário da Imigração Japonesa em 1958.

É casado com Luiza Lente Bittencourt Hama e atualmente mantém um escritório de consultoria especializado em energia renovável e não-poluente.

Fonte: Os nikkeis na Assembléia de São Paulo

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